“Nós só queremos viver
Sem motivos, nem objetivos
Nós estamos vivos e é tudo
É, sobretudo a lei
Dessa infinita highway”
A infinita highway dos Engenheiros do Hawaii e a nossa infinita highway do post de hoje é uma estrada que todo brasileiro que desceu para o litoral já pegou. Cortando o Brasil de Norte a Sul, a BR-101, também chamada de Infinita Highway, é uma Rodovia Translitorânea que modificou a história do Brasil.

Se você alguma vez pensou em realizar uma viagem indo do extremo Sul até o Nordeste, esta é a via mais indicada para essa aventura. A cada parada você terá as nuances do mar brasileiro e as diferenças culturais de cada Estado.
Quando estiver percorrendo a via, tente reparar na vegetação densa cortada pelo cinza do asfalto e o silêncio das madrugadas, entrecortado pelo amortecedor do seu carro trabalhando a cada buraco encontrado. Não só nesta via, como em outras viagens suas, o importante é curtir cada pedacinho da BR-101.
E nesta BR-101 o que não falta são paisagens tão opostas quando as nossas diferenças culturais: deserto e mar, colinas e planícies, estrada boa e ruim, tudo fica ao alcance dos seus olhos na BR-101.
A História do Brasil pela BR-101
Entre trechos pavimentados e duplicados, a BR-101 trouxe à tona uma parte esquecida da história brasileira. Durante as obras de duplicação no Nordeste, foram encontrados objetos pré-históricos. Foi constatado que havia no trecho mais de 160 sítios pré-históricos e outros da época da colonização brasileira.
A raridade talvez nem fosse descoberta se a obra não existisse; a construtora responsável paralisou a duplicação e foi feita uma investigação. Até agora ainda não acharam nenhum fóssil de dinossauro ou algo do tipo. Todas as peças encontradas eram objetos que os primeiros habitantes do Brasil usavam; os objetos que foram encontrados são utensílios deixados pelos índios, que passavam seis meses no local e migravam para outro.

A rodovia BR-101 foi parar no papel em 1937, quando o governo pensava em uma forma de desenvolver o transporte brasileiro através de uma estrada litorânea. Aos poucos foram saindo do projeto as vias que formam esta gigantesca obra rodoviária.
Quando uma parte da rodovia era inaugurada na cidade em que ela cortava, isso nos idos dos anos 60 e 70, havia uma grande festa em função da modernidade que aquela estrada traria para a região. O fluxo de carros e viajantes aumentava e até as pequenas cidades poderiam acolher aqueles passageiros do asfalto que deixavam dinheiro, algo na memória e transformação para estas vilas.
Junto com o pensamento de desenvolvimento dos povoados, veio a esperança de transformação, porém toda a riqueza e as novas oportunidades revelaram uma nova preocupação: os costumes destes pequenos povoados começaram a ser influenciados pelos forasteiros e também pelos próprios habitantes locais, que sabendo das cidades grandes nos arredores, começaram a migrar para elas ou a importar a sua cultura.
Assim o Brasil foi se desenvolvendo juntamente com pavimentação das estradas de terra que agora se chamavam BR-101 e uniam o país de norte a sul, tornando tudo acessível a todos.
Quem assistiu a animação “Carros” pode reparar uma semelhança entre a história da rodovia americana e a brasileira. Em ambas as histórias, o que era visto como ferramenta transformatória da economia foi em alguns casos uma bem sucedida e em outros uma má experiência.
Essa Infinita Highway
A BR-101 Sul recebe críticas por ainda não ter todo o seu trecho duplicado. O asfalto em alguns pontos é realmente desafiador, mas ainda há espaço para trechos bem conservados que parecem um tapete convidativo aos cowboys do asfalto.
Em Santa Catarina, a BR-101 ganha o apelido de rodovia da morte. Histórias de finais trágicos fazem parte da quilometragem má conservada e de pista simples.
Em contraponto, um dos trechos mais belos da rodovia é a Ponte Rio – Niterói.

Cruzando a Baía de Guanabara, a Ponte parece se aprofundar no mar e adentrar em suas águas. Ao redor, a paisagem contempla a exuberância dos morros e colinas cariocas. A ligação entre a cidade do Rio de Janeiro e Niterói foi inaugurada com a presença da Rainha da Inglaterra Elizabeth II e seu marido, o Príncipe Philip. Foram os bancos ingleses que financiaram a obra.
O início da BR-101 é na cidade de Touros, Rio Grande do Norte e seu fim em São José do Norte, Rio Grande do Sul.
O Carro Ideal
Qualquer carro de passeio consegue percorrer a Infinita Highway sem nenhum problema. Trechos esburacados e pistas em mão única pedem um carro com potência superior a 1.0. Mas isso vai mais do seu gosto; se for aventureiro e quer conhecê-la a fundo, o melhor é ter um carro potente, estável para realizar ultrapassagens seguras e dirigir sob controle. Quem apenas vai de uma cidade a outra, pode optar por carros econômicos que não prezam tanto pelo conforto.
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A sinalização é precária em alguns pontos e informativa em outros, por isso se informe por um mapa antes de colocar o carro na estrada.
Tem alguma história envolvendo a Infinita Highway? Compartilhe conosco a sua experiência no asfalto dessa histórica estrada na nossa caixa de comentários!