Quais países exigem o certificado de vacinação? Com quantos dias de antecedência preciso me vacinar? Essa e outras dúvidas sobre a Febre Amarela para que sua viagem seja tranquila!

Para viajar, também é preciso tomar alguns cuidados. Afinal, além de enfrentar um clima (muitas vezes) diferente, ou então conhecer uma cultura nova, é preciso ficar atento às doenças e às vacinas obrigatórias para cada país.

A Febre Amarela é um exemplo disso e ninguém quer perder a viagem por causa de um mosquito, não é?

Por isso, se prepare para entender tudo sobre a febre amarela e fique preparado para viajar!

O que é a Febre Amarela?
Quais são os sintomas?
Como o diagnóstico é feito
Tem tratamento?
E quem nunca tomou a vacina?
Preciso me vacinar de novo?
Onde tomar a vacina?
Qual é o período de antecedência exigido?
E quem não tomar com antecedência?
E depois, o que é preciso fazer?
Como emitir o Certificado Internacional de Vacinação ou Profilaxia (CIVP)?
Recapitulando
Quais países exigem a vacina?

Afinal, o que é Febre Amarela?

A Febre Amarela é uma doença infecciosa transmitida por uma picada de mosquito e que causa a infecção de duas maneiras.

Primeira forma de transmissão: a Febre Amarela urbana ocorre quando a transmissão acontece pelo Aedes Aegypt (isso mesmo, o mesmo que transmite dengue e chikungunya) – pessoas que tiveram contato com o vírus e são picadas pelo Aedes. A partir desse momento é que mosquito começa a transmitir para outras pessoas – também por meio de picadas.

Segunda forma de transmissão: já a Febre Amarela silvestre tem outro transmissor, o Haemagogus e Sabethe. Ela acontece quando o mosquito dessas regiões picam um primata e depois picam os visitantes e habitantes dessa área.

Atenção: os macacos não passam a doença sozinhos, é o mosquito o agente transmissor! Então, nada de maltratar os bichinhos 🙂

Nesses dois casos, a doença é a mesma. A única diferença está no tratamento e no controle da doença para que não atinja mais pessoas.

Quais são os sintomas causados?

Entre os sintomas da febre amarela estão a amarelidão no corpo e hemorragia em diversos níveis, além de febre, dores musculares em todo o corpo, dor de cabeça, náusea, perda de apetite, olhos/faces/língua avermelhada, fotofobia, fadiga e fraqueza. Esses são exemplos de sintomas que costumam passar sozinhos entre 3 e 4 dias.

Mas é preciso ficar de olho: algumas pessoas desenvolvem sintomas mais sérios que atacam o fígado e os rins 24 horas depois dessa primeira fase.

Os sintomas mais graves são: febre alta, icterícia (coloração amarelada na região dos olhos, pele e mucosas), urina mais escura, dores abdominais, sangramentos na boca/nariz/olhos ou estômago e até delírios, convulsões ou entrar em coma.

Então, se sentir qualquer uma dessas manifestações, o melhor de tudo é: procurar um médico para fazer um diagnóstico.

Como o diagnóstico é feito

O clínico geral ou infectologista (médicos indicados nesse caso), irão avaliar os sintomas, o histórico médico e a exposição a mosquitos que poderiam estar infectados.

Caso a suspeita se confirme, há um exame de sangue que pode ser solicitado e que é capaz de verificar a presença do vírus ou então dos anticorpos que indicam a infecção anterior.

Agora você deve estar pensando:

“E se eu estiver com a febre amarela? Tem tratamento? Tem cura?”

Tem cura sim. Mas não há nenhum tratamento para a febre amarela. Caso você esteja realmente com a doença, você deve ser acompanhado por um médico. Em casos mais graves, há a internação em Unidades de Terapia Intensivas para acompanhamento e reposição de perdas sanguíneas ou líquidas.

E quem nunca tomou a vacina, corre risco de ser contaminado?

Sim. O risco de contrair o vírus é bem maior para quem nunca se vacinou ou teve contato com a febre amarela antes. Principalmente ao viajar para locais em que a doença está ativa.

Contudo, lembre-se que a doença pode estar ativa mesmo que a região não tenha apresentado casos recentes e por isso é tão importante se vacinar! 🙂

A próxima pergunta que você deve estar se fazendo, é:

“Tomei a vacina quando era pequeno! E agora? Preciso me vacinar de novo?”

Calma lá! Não precisa.

Desde 2013, a Organização Mundial da Saúde (OMS) já havia dito que o reforço não era mais necessário. No Brasil muitos continuavam tomando de 10 em 10 anos, mas desde julho de 2016, a vacina contra a febre amarela tem validade para a vida toda – mesmo para quem tomou antes dessa regra.

Ou seja, se você tomou antes a vacina e emitiu o certificado internacional, não precisa refazê-lo ou tomar outra dose. Todos os que foram emitidos anteriormente passaram a ser válidos por toda a vida, devendo ser aceito em todos os países que são associados a Organização. Veja 23 perguntas e respostas sobre o Certificado Internacional de Vacinação no site da Anvisa.

“E onde eu posso tomar a vacina?”

Nos postos de vacinação municipais e estaduais. A vacina é gratuita, não precisa agendar horário e basta apenas levar a carteira de identidade. Também é possível procurar pelos serviços de vacinação privados credenciados, mas nesse caso, será necessário pagar uma taxa.

Lembrete: guarde o comprovante de vacinação que você receberá depois de ser vacinado. Ele pode ser exigido depois para emitir o certificado. Então, guarde bem! 🙂

Ah! Também não vale tomar a vacina em cima da hora, ok?

Isso porque ela demora 10 dias para reagir e começar a valer. Então tome com no mínimo 10 dias de antecedência à chegada no país que exige a vacina contra a febre amarela. Ninguém quer perder as reservas e todos os passeios programados por causa disso 😉

E quem não tomar a vacina com 10 dias de antecedência?

Bem, os 10 dias são imprescindíveis para a vacina começar a valer. Por isso, quem tomar muito em cima da hora pode correr o risco de ser barrado quando for sair do Brasil ou quando for entrar em algum país que tem essa exigência.

Depois de tomar a vacina, o que é preciso fazer?

Emitir o Certificado Internacional de Vacinação ou Profilaxia, ou CIVP, para comprovar que a vacina foi aplicada. A carteira de vacinação brasileira não vale em outros países.

Próxima pergunta:

Como eu faço para emitir o Certificado Internacional de Vacinação ou Profilaxia (CIVP)?

O Certificado Internacional de Vacinação ou Profilaxia (CIVP) é emitido, sem nenhum custo, pela Anvisa. Para agilizar o processo, você pode realizar um cadastro no site, clicando na opção “cadastrar novo” ou então em “cadastro”.

Se você for emitir o certificado em um COV, ou Centros de Orientação do Viajante, é preciso verificar se não é solicitado o agendamento, porque, se for, o cadastro no site é obrigatório. Esses centros geralmente ficam localizados nos Aeroportos, Portos e Fronteiras entre países. Senão, você os encontrará em Prefeituras, Secretarias de Saúde, centros de vacinação, clínicas, laboratórios etc. Aí é só escolher o que é melhor para você!

Depois de agendar,  compareça a um dos Centros de Orientação para a Saúde do Viajante com o comprovante recebido após a vacina (lembra que falamos pra você guardar ele bem?) e a sua carteira de identidade, carteira de motorista (CNH) válida ou passaporte.

O CIVP será emitido na hora. Depois basta colocar junto com o passaporte e não se esqueça de levar a carteira de identidade, pois ela pode ser exigida junto ao certificado.

Menores de 18 anos: a presença dos menores não é exigida para a emissão do Certificado, apenas os pais ou os responsáveis que solicitarem a emissão.

Dica da vez: o melhor é não colocar o número do passaporte no CIVP, pois a validade do passaporte é bem menor e será preciso emitir outro. Lembrando que a vacina é válida por toda a vida.

Atenção: Alguns postos que aplicam a vacina também fazem a emissão do Certificado. Mas se o que você escolheu não emitir na hora da vacinação, é preciso guardar o comprovante da vacina e levar para um centro (COV) que emita.

E quem não puder tomar devido a algum problema/tratamento de saúde ou idade?

Nesse caso é preciso consultar o seu médico, pois quem está em algum tipo de tratamento com corticóides, quimio ou radioterapia; tem alergia a algum dos componentes da vacina; é portador do vírus HIV; mulheres grávidas ou bebês menores a 6 meses; tem direito à emissão do certificado internacional de isenção.

O modelo abaixo é o padrão, disponibilizado no site da Anvisa para o preenchimento do médico.

Recapitulando, como emitir o CIVP:

  1. 1. Tomar a vacina e guardar o comprovante;
  2. 2. Encontrar o COV (Centro de Orientação ao Viajante) melhor para você;
  3. 3. Se o COV selecionado exigir, faça seu cadastro e agendamento;
  4. 4. Se dirigir ao COV portando seu passaporte, carteira de identidade e o comprovante da vacinação.

Agora você já sabe tudo! Mas ainda deve ter ficado a dúvida:

Em quais países a vacina contra a febre amarela é exigida?

Países que exigem a vacinação contra a febre amarela de viajantes brasileiros:

– Panamá (todas as pessoas que vão desembarcar no aeroporto);

– República Dominicana/Punta Cana;

– Cuba;

– Barbados;

– Colômbia;

– Bahamas;

– Bolívia (pode ou não ser exigido, por isso é melhor se vacinar);

– Costa Rica;

– Nicarágua;

– África;

– Ásia Tropical;

– Equador;

– Austrália.

Países que não exigem a vacinação contra a febre amarela:

– Panamá (pessoas que apenas vão fazer conexão no país);

– Peru;

– Argentina;

– Chile;

– Uruguai;

– Estados Unidos;

– Países da Europa (todos, sem exceção).

Países que exigem a vacina independentemente da nacionalidade do viajante:

– Afeganistão, Albânia, Antígua e Barbuda, Angola, Anguilla, Antilhas Holandesas, Arábia Saudita, Argélia, Bangladesh, Bahrain, Belize, Benin, Bolívia, Botsuana, Brunei, Burkina, Fasso, Burundi, Butão, Cabo Verde, Camboja, Camarões, Cazaquistão, Cingapura, Chade, China, Congo, Coreia do Sul, Costa Rica, Costa do Marfim, Djibouti, Dominica, Egito, Equador, Eritreia, El Salvador, Etiópia, Fiji, Filipinas, Gabão, Gâmbia, Gana, Guiné Equatorial, Granada, Guadalupe, Guatemala, Guiana Francesa, Guiné, Guiné-Bissau, Haiti, Honduras, Iêmen, Ilhas Maurício, Ilhas Reunião, Ilhas Salomão, Ilhas Seychelles, Índia, Indonésia, Irã, Iraque, Jamaica, Jordânia, Kiribati, Laos, Lesoto, Líbano, Libéria, Líbia, Madagáscar, Malaui, Malásia, Maldivas, Mali, Malta, Martinica, Mauritânia, México, Mianmar, Moçambique, Montserrat, Namíbia, Nauru, Nepal, Nova Caledônia, Níger, Nigéria, Omã, Panamá, Papua-Nova Guiné, Paquistão, Paraguai, Quênia, Quirguistão, República Centro-Africana, República Democrática do Congo, Ruanda, São Cristóvão e Nevis, São Vicente e Granadinas, Saint-Barth, Saint Helena, Saint Martin, Samoa, Santa Lúcia, São Tomé e Príncipe, Senegal, Serra Leoa, Somália, Sri Lanka, Sudão, Suazilândia, Suriname, Tailândia, Tanzânia, Timor Leste, Togo, Trinidad e Tobago, Tunísia, Uganda, Vietnã, Zâmbia e Zimbábue.

Agora não tem desculpa, hein?

Programe a sua viagem com antecedência, verifique seu passaporte, busque se informar sobre o destino, tanto para conhecer um pouco da cultura local, quanto para saber questões de saúde – como essa de vacinação. A febre amarela e outras doenças podem atrapalhar a sua programação e, pior, influenciar um surto no local onde você mora. Então, o ideal é estar imunizado e não precisar se preocupar. Viajar é bom, mas com saúde tudo fica ainda melhor 😉



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