No belíssimo nordeste brasileiro, uma cidade aparece como um oásis na mata dos cocais, com vegetação de transição entre Cerrado e a Amazônia, fica no meio norte do Brasil. Teresina é uma das cidades que entra no rol de ter sido previamente planejada para levar aos cidadãos uma área urbana verde. A marca registrada da capital do Piauí é o calor e, por sorte, as sombras criadas pelas árvores amenizam a sensação térmica, enquanto o encontro dos rios na cidade faz dela um lugar notável para se visitar.

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Ponte estaiada Teresina – Por Thompson Sa – Attribution 2.0 Generic (CC BY 2.0) – Flickr

A urbanização de Teresina e, consequentemente, seu trânsito foram previamente esquematizados. Entretanto, numa breve rodagem pela cidade você nota que a concepção inicial não funciona mais como o planejado, assim, como outras das principais cidades brasileiras. Os engarrafamentos não costumam durar muito, se comparado à cidades como São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador… Mas a fluidez do trânsito no geral, é baixa, pois a cidade possui poucas vias arteriais e expressas, e as quadras em geral são pequenas, o que gera muitos cruzamentos.

Muitos cidadãos de Teresina vão lhe falar que antigamente não era assim. E realmente a cidade não exibia este cenário. Porém, a frota de carros cresceu consideravelmente nos últimos cinco anos; sem modernização em termos de mobilidade urbana, com isso, o trânsito ficou mais congestionado e, por enquanto, sem  muita solução.

Conhecendo Teresina por suas ruas

A história de Teresina se passa pela Avenida Frei Serafim. Primeiramente chamada de Estrada Real, a avenida era amostra da vida social daquela época: muito pouco havia para se fazer e os caminhos todos levavam às fazendas e sítios que eram locais de trabalho e diversão.

Se a vida se concentrava no perímetro rural, nas cidades, os pontos mais importantes eram a Igreja e o cemitério. E foi no Cemitério da Jurubeba que, ironicamente, nasceu esta avenida. A Estrada Real tornou-se o indício de crescimento de Teresina: à medida que a cidade aumentava, a rua acompanhava o seu ritmo saindo das imediação e partindo para além do Rio Parnaíba.

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Av Frei Serafim – Por Por Nando1462 – Fernando Santos Cunha Filho (Trabalho próprio pelo carregador) [CC BY-SA 3.0], undefined

Hoje, denominada Avenida Frei Serafim, houve um processo de revitalização para deixá-la mais harmoniosa com a paisagem do Piauí. Por ser a principal avenida da cidade, é também a de tráfego mais intenso. Será muito difícil você passear por Teresina sem ao menos rodar por esta via; por aqui estão centros históricos e culturais da cidade, portanto, vale a pena disponibilizar um tempo de sua visita a região, para desfrutar da história local.

A Avenida Frei Serafim é a artéria central, em razão de ser inicialmente ligação entre a área nobre da cidade. A via tem características de influência estrangeira, como o canteiro, os postes de iluminação e jardins.  Ainda há casarões resistindo ao tempo, porém o que mais salta à vista são os edifícios religiosos.

Projetada ao estilo boulevard, com quatro pistas largas, divididas em duas e separadas por um canteiro ao centro, a Frei Serafim é a memória viva da cidade e o principal cartão postal da cidade, que dá as boas vindas aos seus visitantes em grande estilo.

Uma das vias mais curiosas de cruzar é a Avenida Maranhão. Às margens do Rio Piauí. É a última fronteira entre o Piauí e o Maranhão. Seu nome é uma homenagem ao estado vizinho e, para entregar a gentileza, a avenida do outro lado do rio, em Timon, se chama Avenida Piauí. Assim como o Piauí, ela passa por boa parte da cidade e você pode utilizá-la para sair da zona norte até à sul.

A loucura do trânsito de Teresina

Passeando pelas ruas de Teresina, você repara na quantidade de vias recapeadas; este é um método muito utilizado por prefeituras de todo o país para tentar remediar uma situação de forma paliativa. Em boa parte de Teresina as ruas são espaçosas e é interessante reparar nos contrastes, à medida que você sai de uma zona à outra.

A impressão que se dá é que você está passeando por bairros; as ligações da cidade são em meio a casas e muitas avenidas se parecem mais com ruas. Isso dá uma graciosidade, a diferenciando de outros centros urbanos.

A continuação da Avenida João Serafim é a João XXIII; após passar a Ponte que sobrepõe o rio, você encontra esta arborizada e ampla avenida. Esta é a via a ser utilizada para chegar aos principais pontos comerciais do centro. Se você está vindo pela BR-343, este será o seu cartão de boas vindas. A Avenida João XXIII vai até o final do perímetro urbano.

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Vista do Mirante da Ponte Estaiada – Por Porto Neto (Trabalho próprio pelo carregador) [CC BY-SA 4.0], undefined

As obras de embelezamento da avenida podem ser vistos pela quantidade de árvores nos canteiros. Porém o asfalto, que é o principal para o motorista, foi deixado de lado e ficou desgastado. O último recapeamento deixou a avenida pior do que era antes e, aos poucos, está havendo deterioração do piso. Antigamente, esta era a avenida com o melhor asfalto da cidade.

Outra importante ligação da cidade, a Avenida Dom Severino também está em situação semelhante a Avenida João XXIII. Há muitos buracos e a qualidade da pista mais parece com um caminho de pedras. Esta avenida dá acesso a outra importante via: a Presidente Kennedy.

Para conhecer o Parque Zoobotânico, combinação de zoológico e jardim botânico, o acesso é feito por esta avenida. O Zoobotânico é um lugar ótimo para se passear, pois além de conhecer os animais, é possível alugar barcos e, assim, se refrescar um pouco do calor abafante de Teresina. É parada obrigatória nesse roteiro de viagem. Aproveite para tirar muitas fotos, levar a família ou amigos. As lembranças serão muitas e inesquecíveis.

Você precisa saber!

Os motoristas de Teresina são um pouco agitados e como de costume de quem dirige nas grandes cidades, não gostam muito de esperar pela sua vez. Claro que há as exceções, entretanto, você pode cruzar com algum indivíduo que às vezes está sem razão e ainda quer brigar com você. Lembre-se, gentileza gera gentileza e principalmente para você, que estará na cidade a passeio ou turismo, cabe zelar pelo bem estar e cidadania. Acalme-se e siga em frente, curtindo as maravilhas da região, sem estresse.

A comunicação visual das vias são muito bem feitas. Através das placas de sinalização de trânsito você consegue rodar tranquilamente a cidade toda, sem infringir nenhuma lei; as pinturas no asfalto lhe mostrarão os sentidos e caminhos pelo qual transitar. Como já falamos, os engarrafamentos em Teresina não duram muito: leva geralmente uma hora para o trânsito começar a escoar e o fluxo normalizar.

Por estar incrustada no interior do Piauí, a capital do estado tem acesso por três rodovias federais: a BR- 316, a BR-343, que liga a cidade à Fortaleza, e PI-130.

O meu conselho é que, ao dirigir por Teresina, você aproveite a paisagem colorida e progressista da capital. Os motoristas podem ser um pouco agitados, mas o povo em geral é muito caloroso com os turistas e recebem todos de braços abertos.

Se você mora em Teresina ou já esteve na cidade e tem mais dicas para os nossos viajantes, use a nossa caixa de comentários e compartilhe as suas informações!



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4 Comments

  1. Só mais uma observação, o rio que separa os dois estados, Piauí e Maranhão, é o rio Parnaíba. O rio Poty, fica dentro da cidade, e só divide a zona centro/leste.

    Obrigado!

  2. Alguns erros levantados:
    1) Teresina não está no agreste, e sim na mata dos cocais. O agreste fica próximo à costa leste do nordeste; já a mata dos cocais, vegetação de transição entre Cerrado e a Amazônia, fica no meio norte do Brasil;
    2) A história de Teresina não começa pela avenida Frei Serafim. Ela só foi feita cerca de 50 anos após a inauguração da cidade, e estabelece uma estrutura viária maior, diferente da concepção original da cidade, que foi feita numa época em que os automóveis eram quase que ficção científica;
    3) Os ônibus não atrapalham o trânsito. Eles carregam mais pessoas em menos espaço; o que atrapalha o trânsito é planejar uma cidade pensando apenas no fluxo dos carros;
    4) Os engarrafamentos não duram muito se comparado à cidades como São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador, etc; mas a fluidez do trânsito no geral, é baixa, pois a cidade possui poucas vias arteriais e expressas, e as quadras em geral são pequenas, o que gera muitos cruzamentos.

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